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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

TODOS NO MUNDO FORA DO NATURAL

 



TODOS NO MUNDO FORA DO NATURAL 

Tudo isso é condenado pelo Astral Superior, como condenados são todos aqueles que adotam o mau com persistência. Quando se fala nas coisas naturais, vocês as consideram como um grande erro, ao mesmo tempo que sendo os errados, dizem estar certos. 

Com a natureza ninguém pode. O natural vence sempre, porque o natural vive com a natureza, e não existe nada mais poderoso do que ela. Protestam as coisas naturais, e quem assim procede protesta a sua própria felicidade; quem assim procede é mais do que condenado por si mesmo. E assim, vivem os infantes numa avalanche de erros, sofrendo as conseqüências dessas órbitas e flâmulas, por pensarem e dizerem que quem está certo, está errado e quem está errado, está certo. 

Quem se baseia pelas coisas naturais da natureza, dizem que está errado, e quem está fora dela, é que está certo. Quem se baseia nessa civilização, nessa educação, nesse meio, aonde tudo é aparência e nada mais, só pode estar errado. Por isso, sofre as conseqüências, para muitas vezes dizerem: "-Nós somos conduzidos por satanás, senão, não sofreríamos tanto!" Ainda mais diz o infante: "-Eu não creio que haja um salvador, porque quanto mais imploro a ele, mais sofro !" 

Se a pureza estivesse nessa vossa educação, não sofreriam os povos como sofrem. Às vezes, o desespero é tão grande, que pedem a morte. Portanto, sigam pelo que vos digo, pelas ordens naturais em primeiro lugar, e o que é aí do vosso natural, em último lugar. Tudo que é natural, só faz bem e não faz mal.


O vosso natural é mau e por isso, vivem sofrendo. E o Astral Superior não atende a quem não sabe o que diz, a quem não sabe o que quer, por não conhecer o verdadeiro natural. O RACIONAL SUPERIOR, e todos do Astral, só atendem pelos modos e métodos naturais. Por isso, vigiem as vossas idéias e vejam como errôneas todas elas são. Pensam que o Astral admite todas essas contradições? Que admite o mal como elemento de prestígio, como vocês admitem? 

O que é natural está com o povo do Astral, e o que não é natural, o povo do Astral não aceita. O direito está na base natural das coisas; fora do natural tudo é errado, e dentro do natural, tudo é direito. Mas a confusão, por ser reinante, é que os povos adotam esses preconceitos como elementos de prestígio. E assim, vivem a duvidar daquilo do que não têm dúvidas a fazer. O natural não tem dúvidas a fazer, porque é o verdadeiro. O natural que adotam como verdadeiro é que tem dúvidas a fazer. 

Por conseguinte, o nosso redígio não tem desses pseudos, não tem desses crimes, porque o que tem, é de natural, e o natural tem tudo em forma, tudo de bom para melhor, e o que parece natural e não é, tudo de mal para pior; razão porque todos sofrem. Sofre o rico, sofre o pobre, sofre o grande e sofre o pequeno. 

As coisas naturais são as adotadas por aqueles que não desejam ao próximo aquilo que não querem para si. O natural é tudo aquilo que pode ser sem prejuízo de ninguém, é tudo aquilo que está superior a todos, por a natureza ser superior a tudo. E sendo a natureza superior a tudo e a todos, o dever de todos é obedecer e guiarem-se pelas regras naturais do bem-fazer, para bem receber, plantando assim, para si mesmo.

Mas a tortura invadiu todos com esta nomenclatura enxofrosa e dolorosa e por isso, vivem todos implorando à força superior dos invisíveis do Astral Superior. Implorando para serem contemplados do que necessitam, do que se acham com direito, do que dizem ter direito, e por não serem contemplados, hajam a sofrer de todas as maneiras, de todos os jeitos e de todos os lados, sem notarem que tudo isso é porque não adotam o verdadeiro natural. 

EU, o RACIONAL SUPERIOR e todos do Astral, aos obedientes tudo daremos, e os desobedientes e rebeldes não podem contar com o Povo do Astral, porque é contar em vão. Não fazendo por onde, nada feito. Não sendo obedientes, não podem contar com uma corrente poderosa ao seu lado para vencer os obstáculos e tudo que precisam: saúde e sossego. Tendo saúde e sossego é porque está contemplado de tudo. E a todos, EU contemplarei mais do que merecem. Mas, a obediência em primeiro lugar, porque a teimosia não dá bons resultados com os Superiores do Astral. 

E assim, todos que obedecem ao Astral Superior, que contam com as suas soluções e que esperam ser contemplados, devem ter sempre em mente que é preciso, em primeiro lugar, a obediência, a persistência e o modo claro e cristalino de compreender as coisas, para não fazerem confusão do que está certo, das coisas naturais. O que é natural é bom, é belo, é poderoso, porque vibra com a própria natureza, e todos dependem dela; não há o que possa mais do que ela. 

Portanto, quem encara as coisas como de direito são, será sempre contemplado e estará sempre por cima do sofrimento. Deixará de carregar cruzes cheias de tormentos, como muitos viventes passam a ponto de enlouquecer, vendo o instante que assim não poderão mais viver, sem saber o que vão fazer da vida. São os tais teimosos e rebeldes, que desconhecem as verdadeiras ordens naturais das coisas e deixando de guiarem-se por elas, para guiarem-se pelo errado dos errados, errando sempre, indo assim, cada vez mais de mal a pior.


Isto é para aqueles que fazem confusão do verdadeiro natural, com o natural criado pelos vossos antepassados. Criando assim, essa confusão que estão vendo. Ninguém se entende; grandes e pequenos. A confusão está entre todas as camadas. No mesmo instante em que estão concordando, estão discordando, por causa desse natural que não é o verdadeiro. 

Vejam assim, que estão traídos por uma fantasia, vivendo só de hipocrisia; por isso, o mundo tornou-se uma casa de loucos. Portanto, não se baseiem nas coisas do mundo, porque quem assim procede sofre muito, e os que reconhecem esse grande erro vencem pelos métodos naturais, atingindo tudo que desejam. 

Todos são irmãos, mas vejam como vivem. Uns contra os outros. Se o natural fosse esse que todos adotam, viveriam muito bem e felizes. Mas, por a natureza não ser essa que adotam como verdadeira, é que a infelicidade é a guia de todos. Isto é uma prática da vida comum e do que deve ser, e não do que querem que seja. 

As badaladas do Astral são para todas as cabeças, tocando o sino para uma chamada àqueles que faltam com o primordial, que é a obediência ao Astral Superior. As virtudes de um bom navegante são muitíssimo elevadas e multiplicadas. Todas se consumando 
comprovadamente, solidamente, multiplicadamente, cada vez mais. Portanto, os bons navegantes sempre elevados às alturas, em caminhos cada vez mais elevados, e as alegrias, as glórias, as riquezas sempre se multiplicando. 

O dever de todos os infantes de ambos os sexos, é fazer por onde em benefício próprio, para que tudo de bom, com o decorrer dos dias, lhes venha às mãos. O que precisam, o que desejam, o que imploram e muito além ainda. Quem faz por onde nesse caminho, tudo brilha, tudo reluz em multiplicações de glórias sucessivas, trabalhando assim, em benefício de si mesmo. Qual é o trabalho? A obediência, a persistência, a calma, a 
simplicidade. Ser benfazejo e prudente em todos os pontos de vista. Não adianta coisa alguma o vivente ser insolente e imprudente, pois torna-se um perturbador de si mesmo, pelas idéias incompatíveis com as normas que EU aqui exponho. 

A ordem natural das coisas tem diversas características: o que nasceu para ser alto, a natureza o leva a seu lugar alto; o que nasceu para ser baixo, a natureza o deixa no seu lugar baixo; o que nasceu para ser pequeno, raquítico, a natureza só lhe proporciona essa finalidade e nada mais. Estes são pontos naturais que vibram com a natureza; são espelhos para todas essas imensas grandezas, para todas as interpretações dos seres, dados pela formação dos insaciáveis, que fazem com que o vivente nunca esteja satisfeito com o que possui. 

Se é alto, quanto mais alto está, mais alto quer ficar. Se é pequeno, também quer ser grande e eis aí as lutas e as confusões. É magro, quer ser gordo; é gordo, quer ser magro; é pobre quer ser rico, é rico, quer ser cada vez mais rico. Enfim, são insaciáveis em tudo. Seres indolentes pela própria natureza; desequilibrados. E por isso, assim são. 

Se fossem equilibrados não seriam assim, precisando notar que em relação à natureza, até um certo ponto de vista são iguais, e sobre outro ponto de vista são diferentes. Eis a razão dos viventes só serem aquilo para o que a natureza os fez, para serem aquilo que a natureza quer e por isso, dá-se o caso de muitos viventes, completamente analfabetos, possuírem grandes fortunas e conquistarem grandes riquezas e outros, que estudam para adquirir riquezas, sempre na miséria.


O vivente tem que ser aquilo que a natureza quer e não o que ele quer. O vivente quer ser rico, mas a natureza o fez para ser pobre; luta toda a vida de todos os jeitos, de todas as formas e sempre pobre. E outro, que a natureza o fez para ser rico, não precisa lutar e a sua riqueza é resolvida naturalmente, sem sacrifícios. Há também os que não nasceram para ser ricos, mas que fazem por onde, se sacrificam e ficam ricos, e o que acontece? A natureza toma-lhes tudo. 

É a mesma coisa que o vivente procurar ser bonito. Vai para o instituto de beleza e acaba ficando bonito. Mas quando deixar de freqüentar o instituto, vem a ficar mais feio do que era. 

Observem que há pessoas que não nasceram para serem ricas, acabam sendo e no fim, terminam pobres. Agora dizem: "-Maus negócios!" Sim, empobreceram por este ou aquele motivo, mas sempre motivos feitos pela natureza, pois todos são dominados pela natureza e feitos por ela. Isto, é que são as coisas verdadeiras, naturais. 

Quando a árvore nasce para ser pequena, se crescer demais, cai, porque a árvore que nasce para ser grande, já traz a sua construção e raízes próprias para resistirem a todas as intempéries, e a pequena tem a sua natureza feita de acordo com o seu tamanho. 

Assim são essas variações entre os viventes, querendo muitos serem o que não nasceram para ser. O vivente que nasceu para ser bom é sempre bom, o vivente que nasceu para ser mau é mau sempre. A árvore que nasceu para dar espinhos dá espinho sempre. E tudo é 
assim. 

Então, diz o vivente: "-Que infelicidade daqueles que nasceram para ser pobres!" Não é infelicidade, é sim, o fator natural. O fator natural é aquilo que tem que ser. Por isso, a noite é noite e o dia é dia. O sol é de um extremo, a lua de outro, a terra de outro e a água de outro.


Os extremos são todos diferentes, e por isso, cada qual tem o seu signo. Os que têm o signo do sol são muito felizes, os que nasceram com o signo da lua, são infelizes, os que nasceram com o signo das estrelas, mais infelizes e os que nasceram com o signo da terra, mais 
infelizes ainda. E assim, cada qual com o seu planeta, com o seu signo; cada qual vivendo de acordo com a sua formação natural, feita pela natureza.

( 1 Volume da Obra, Livro UNIVERSO EM DESENCANTO, autor RACIONAL SUPERIOR )






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