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domingo, 30 de maio de 2021

NOTÁVEL REVELAÇÃO DA EXISTÊNCIA HUMANA

 

PARECER CIENTÍFICO SOBRE UNIVERSO EM DESENCANTO

Professor de Mecânica Celeste da UFRJ e UFF

Achamos o Livro UNIVERSO EM DESENCANTO notável, pelas revelações que contém sobre os problemas cruciais da existência humana. A leitura, a partir das primeiras páginas, poderá não despertar o interesse do leitor desatento e dotado de alguma formação científica. Isso é explicável, porque o Livro visa à humanidade e não aos homens de ciência de um modo particular. Se, porém, a leitura for feita de forma reflexiva, tudo mudará e as verdades envolventes, que emanam de suas páginas, dominarão por fim.
O  Livro contém somente verdades e ensina a usá-las no interesse da Redenção dos homens. A linguagem é específica, violenta, por vezes assemântica, atribuindo conteúdo novo a vocábulos, criando outros, recorre a imagens e processos elementares. Afasta-se dos Cânones da ciência e da filosofia oficiais. Mas, comunica o conhecimento substancial, atingindo, assim, a meta.
O homem culto não deve perder de vista que a linguagem é uma estrutura lógico-formal, edificada para comunicar o pensamento e que uma teoria pode ser exposta, fazendo uso de diversas linguagens (linguagens e não língua, cumpre distinguir as duas categorias). A escolha de uma determinada linguagem é uma questão de comodidade apenas. O Livro fez a sua opção.

A linguagem usada no Livro UNIVERSO EM DESENCANTO é, segundo nos parece, a mais indicada, pela leveza e pelo poder de comunicação sem restrição de leitores que oferece
O Livro é uma obra de cosmogonia, no sentido amplo e metafísico do conceito, em que se introduz e se explica a concepção do Universo; a sua origem é o seu termo, a partir de uma realidade suprema, de um metauniverso a que denomina MUNDO RACIONAL. Esta realidade nos é dada como uma revelação vinda de poderes que transcendem os poderes humanos. Ela associa a intuição à razão; é intuitiva e não contrária às normas da razão; é a fusão da origem da causa e do efeito, como realidade inicial, porque não há efeito sem causa.
Ali encontramos o mistério da vida. A vida encontra-se como um tecido que vincula os seres Racionais, que somos, ao Cosmo. Cosmo este, que se apresenta como um antimundo do metauniverso, realidade inicial. O Livro nos revela que esta vida nos mantém fora do nosso verdadeiro “habitat”, que é o MUNDO RACIONAL. E diz que isso, a nossa queda daquele paraíso, aconteceu porque os seres ali vivendo, no Super Mundo Racional são livres, como exige a condição de seres perfeitamente felizes. Podiam usar o livre-arbítrio e optar pelo Grande Mundo ou antimundo. Aqueles, e somos nós, que fizeram a segunda opção, aqui se encontram e travam a batalha da vida: quem nasce deve morrer.
Mas a morte não significa o aniquilamento, esclarece-nos o Livro. A morte é apenas um ponto singular de nossa trajetória através da vida. O nosso referencial vinculatório jamais desaparecerá; ele está lá no MUNDO RACIONAL. Cabe-nos tomar consciência dessa situação de fato e o Livro no-la dá. É só lê-lo com atenção e persistência, para constatar.

O cultivo das ciências e das artes são manifestações desse sentimento, esclarece-nos o Livro. Traduzem o esforço obstinado da procura da posição de equilíbrio definitivo, da felicidade, em suma, obstinação que caracteriza o ser humano. Essa felicidade realizar-se-á com o retorno à base de partida, o metauniverso, o MUNDO RACIONAL.

Mostra-nos o livro, na forma linguística peculiar, com beleza, por vezes poética, que vivemos no século da nossa Redenção. O desenvolvimento da ciência e da filosofia científica contemporânea, a derrocada do misticismo puro, o descrédito geral que paira sobre a velha tábua de valores, a angústia irredutível da humanidade, a descrença generalizada da juventude na ordem até aqui instituída, que a faz procurar novos caminhos; tudo isto preparou e amadureceu a humanidade para o reencontro consigo mesma. Esse Livro, grande no conteúdo e simples na forma, mostra-nos que o reencontro acontecerá no conhecer o que é CULTURA RACIONAL, que é a cultura do metauniverso perfeito de onde viemos.
Como conseguirá a humanidade entrar na Via Racional, que a conduzirá ao destino último? A resposta encontra-se no Livro UNIVERSO EM DESENCANTO e é  simples como são as grandes verdades.
Lendo e relendo esse Livro, código da verdade, de modo a criar um estado consciente, denominado no Livro, estado de IMUNIZAÇÃO RACIONAL. Nesse estado o ser humano passa a ter contacto direto com os habitantes do MUNDO RACIONAL, com os quais estabelecerá diálogo e, então, o seu equilíbrio realizar-se-á e isso significará que a morte irá lhe abrir a porta da Redenção Eterna. Morrer neste estado, é perder a individualidade para ingressar na vida universal, a eternidade de que falava o grande biologista inglês, Haldane.
O Livro ainda nos ensina: no mundo em que vivemos, há progresso material, mas, a evolução criadora, bem diferente do simples progresso, é apanágio do metauniverso perfeito de nossa origem. Aqui é o reino da contradição e da injustiça, características do mundo em progresso de deformação e decomposição. Este mundo é obra dos homens e deverá desaparecer com eles. O homem é senhor do seu destino e as Entidades Supremas, interferem na vida do antimundo, o qual está sob o governo dos homens.

O estudo e o conhecimento desse mundo em que vivemos, nos permite isolar as constantes do metauniverso, cuja existência é certa, de modo a nos habilitar a compreendê-lo cada vez mais. Passamos, assim, a ter consciência clara de nossa posição face ao Cosmo e à vida.

Em vez de partir para explicar o Universo, da existência de um agente criador, o Livro nos revela a existência do objeto criado, o metauniverso, com toda a sua complexidade. Essa posição é, como não podia deixar de ser, a posição certa do homem de ciência.
Tem-se assim, um supremo mundo postulado, bem dizer, único. A partir daí, os processos inferenciais da razão, aliados à intuição, nos permitem construir uma imagem de grande realidade, que nos é revelada pelo Livro. Essa é também a posição de Russel: partir do objeto criado e, não, do criador.

O conhecimento desse Universo Superior, de onde viemos e para onde vamos retornar, é suficiente para satisfazer o desejo humano de explicação dos mistérios da vida.
Os  trabalhos da lógica moderna, em que pontificam um Kurt Godel, o maior dos lógicos vivos e um Paulo Cohen, homem que resolveu, recentemente, o célebre problema conhecido no domínio da filosofia, da matemática, como Hipótese do Contínuo, nos permitem dizer que a pergunta – quem criou esse metauniverso? – é desprovida de sentido e não pode ser corretamente formulada pela humanidade e, sim, definida de princípio a fim, pelo RACIONAL SUPERIOR, um Ser Superior, do Super Mundo Racional.

A profunda corrente do pensamento filosófico cosmológico, que vem dos racionalistas gregos, Tales e Anaximandro, este o maior pensador do seu tempo (611 a 545 A.C.), passando por Platão e terminando na cosmogonia intuicionista de Bergson, encontra-se nos seus elementos substanciais, representadas nesse Livro singular.

Isso, aliado ao fato de que o Livro nasceu no Rio de Janeiro, da pena de um homem de Cultura Cósmica, que está redigido em linguagem modesta, sem pretensões científicas, leva-nos à convicção de que esse homem é um iluminado e esse Livro, fonte da verdade, é de origem Superior.

O Livro faz questão de acentuar: o seu conteúdo não é ciência, nem filosofia, nem religião e, sim, um conhecimento natural, quer dizer, intrínseco ao uno.

A Redenção, em linguagem popular, deixa intacta a substância profunda das verdades que anuncia, as quais estão ao alcance imediato dos homens, que devem se animar, em benefício próprio, a ler este grande Livro, cuja importância para a humanidade atual é decisiva.




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