TRECHOS RACIONAIS
SOBREVIVENTES!
Então, por que sofremos e morremos, aqui na vida da matéria?
Porque a vida da matéria não é a vida verdadeira e, por não ser a vida verdadeira é que termina em nada e para morrer, não tem idade; morrem os recém-nascidos, morrem as crianças, morrem os adolescentes, morrem os adultos e morrem os idosos, pois aqui ninguém tem garantias nem direito de viver. Por isso, estamos sujeitos a sermos destruídos pelas doenças incuráveis, pelos males naturais, pelos males artificiais (que são as artes produzidas pelo nosso progresso artificial e destrutivo, como as armas), pelos desastres aéreos, terrestres e marítimos, pelos desacertos do nosso pensamento (incluindo aí todos os desacertos decorrentes da atividade humana), pelos erros da ciência filosófica e científica, enfim, toda a sorte de maus tratos. E se escaparmos de tudo isso, morremos pela velhice, que destroi o corpo material aos poucos, porque o corpo material representa um conjunto de ruínas reunidas, que por si mesmo se destroi (haja vista as mortes por falência múltipla de órgãos).
Todavia, fomos educados e doutrinados a considerarmos a vida da matéria como se fosse a verdade absoluta, como se a vida verdadeira fosse essa mesma, como se a matéria fosse uma coisa eterna, não é verdade? E é por causa dessa educação que sofremos e padecemos quando perdemos um amigo, um parente ou um ente querido! E então, surge a inevitável pergunta: por que somos assim? Por que sofremos e morremos se a vida é essa mesma? E aí, nos deparamos com a flagrante contradição de acreditarmos ser a vida essa mesma e não nos conformarmos com ela, pois não nos conformamos com o sofrimento, nem muito menos com a morte!
A partir daí começamos a nos perguntar para onde vão nossos amigos, nossos parentes e entes queridos, após a morte?! E exatamente nesse ponto, novamente nossa cultura filosófica e científica, nossos conhecimentos, nossos ensinamentos, nossa educação, esbarram no campo dos mistérios, dos enigmas e dos fenômenos! E temos de concordar e aceitar com as explicações, nem sempre convincentes, que recebemos de nossos pais e da nossa cultura! E tudo isso reunido, forma uma tremenda confusão em nossas vidas e nas nossas cabeças, causando dúvidas e incertezas.
E por que tudo isso acontece nessa vida e com essa vida? Já dissemos anteriormente que a vida da matéria não é a vida verdadeira e agora complementaremos com outra grande verdade: aqui na vida da matéria não temos o direito de viver, por estarmos vivendo fora do nosso verdadeiro estado natural! E ninguém pode viver, fora do seu estado natural! Um peixe, fora d'água, não poderá viver pois está fora do seu natural; um urso polar do ártico, se trazido para o clima quente, morrerá, por estar fora do seu habitat natural; uma planta que viva nas pedras, se retirada da pedra e plantada na terra, morrerá, por estar fora do seu natural! E assim acontece com o ser humano, está fora do seu habitat natural, que é o MUNDO RACIONAL, e por isso, não tem o direito de viver no mundo material!
Assim sendo, para o ser humano readquirir o direito de viver é preciso desenvolver a vida verdadeira, que é a Vida Racional, a vida do Habitante do MUNDO RACIONAL, que aqui na matéria está materializado em forma de máquina do Raciocínio. Esta é a vida verdadeira, a vida eterna, que agora está sendo desmaterializada por 3 potências: a Cultura Racional, a natureza e a Energia Racional. Depois dessa energia desmaterializada, desse Habitante desmaterializado, está pronta para voltar ao seu estado natural de vida eterna, no MUNDO RACIONAL, onde lá todos são eternos! E tudo isso acontece em vida! E todo esse processo de desmaterialização é obtido no ler e reler as páginas brilhantes do Livro UNIVERSO EM DESENCANTO!
Está aí, de forma bem resumida, quem é a vida, de onde ela veio e pra onde ela vai! (Por Antonio dos Santos e Ângela Maria).